A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E DA SATISFAÇÃO NO TRABALHO NO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL 

Larissa Dantas Guimarães
Dissertação de Mestrado

Doutoranda em Administração pela UFBA, Mestre em Administração pela UNIFACS, Especialista em Gestão de Pessoas pela Faculdade Ruy Barbosa, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUCRS, Especialista em Eye Movement Desensitization and Reprocessing (EMDR), Certificação Profissional em Neurociências pela PUCRS, graduada em Psicologia. É atual coordenadora da Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho do Ministério Público do Estado da Bahia. Integrante da Comissão de Prevenção de Infecções no Ambiente de Trabalho do Ministério Público do Estado da Bahia. Coordenadora do Comitê Científico do International Stress Management Association no Brasil – ISMA-BR. Coordenadora do Grupo de Trabalho de Qualidade de Vida no Trabalho do Comitê de Políticas de Gestão de Pessoas, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Atuou em grandes instituições em diversos segmentos: público, saúde, field marketing, varejo e indústria.

O objetivo desta dissertação foi analisar a influência da inteligência emocional e da satisfação no trabalho no comprometimento organizacional através de um estudo quantitativo de caráter explicativo. Considera-se inteligência emocional a partir do conceito utilizado por Mayer, Salovey e Caruso (2004) sendo a capacidade do indivíduo de compreender suas próprias emoções e as dos outros, utilizando essas informações para orientar suas ações e pensamentos. Como satisfação no trabalho, considera-se uma variável que demonstra como o indivíduo se sente em relação ao trabalho, compreendendo diversos fatores (salário, relacionamento, entre outros) e influenciando em comportamentos positivos para a organização (SIQUEIRA, 2008). Já como comprometimento organizacional, adota-se o conceito utilizado por Bastos et al. (2013), como sendo um vínculo de base afetiva, unidimensional, que conecta o indivíduo à organização através de comportamentos de contribuição ativa para o atingimento dos objetivos da organização. Com base nessas abordagens teóricas, para alcançar o objetivo da pesquisa, foram realizadas coletas virtuais e presenciais de dados, através de questionário estruturado que foi dividido em 4 partes: dados sociodemográficos, escala de comprometimento organizacional (BASTOS e AGUIAR, 2015), escala de satisfação no trabalho (SIQUEIRA 2008) e escala de inteligência emocional (WONG e LAW, 2002). Foram obtidas 571 respostas válidas. Os dados coletados foram analisados através de regressão. Tratou-se de uma amostra não probabilística. A tendência da composição foi de trabalhadores relativamente jovens, de alta escolaridade, empregados em empresas privadas, com atuação em prestação de serviços, com pouco tempo de trabalho e com salários mais altos. Com isso, pôde se concluir que: 1) a inteligência emocional está positivamente relacionada à satisfação no trabalho; 2) a inteligência emocional está positivamente relacionada ao comprometimento organizacional; 3) a satisfação no trabalho está positivamente relacionada ao comprometimento organizacional, havendo uma relação de sobreposição entre os conceitos; e 4) a inteligência emocional pode ser explicada ou predita através da satisfação no trabalho, mas não é possível explicá-la através de comprometimento organizacional. Este estudo traz contribuições ampliando as discussões sobre o comprometimento organizacional e para o início dos debates sobre a relação da inteligência emocional, da satisfação no trabalho e do comprometimento organizacional no Brasil. Além disso, oferece a validação da WLEIS-P (escala de inteligência emocional) para utilização no contexto brasileiro através de Análise Fatorial Exploratória (AFE).    

Palavras-chave: comprometimento organizacional; inteligência emocional; satisfação no trabalho. 

Leia a dissertação completa: https://tede.unifacs.br/tede/handle/tede/810.  

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